Conselho de Ética adia para terça-feira depoimento do deputado Edmar Moreira

20/05/2009 - 21h26

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OConselho de Ética da Câmara dos Deputados adiou paraterça-feira (26) o depoimento do deputado Edmar Moreira (sempartido-MG). Moreira se defendeu hoje, durante quase três horas, das acusações de uso irregular da chamada verba indenizatória a que cada deputado tem direito, no valor de R$ 15 mil por mês. O depoimento foi adiado por causa da ordem do dia no plenário – período em quetodos os trabalhos das comissões são suspensos. O deputado pediu aoConselho de Ética o arquivamento da representação a que responde por essas acusações,alegando que ela é irregular desde sua apresentação. Segundo as denúncias, Moreira teria usado a verba parapagamento de serviços de segurança de empresa de suapropriedade. Em sua defesa, ele argumenta que nãohavia proibição para tal prática e que, por isso, não cometeu nenhuma ilegalidade ou quebrou o decoro parlamentar.Moreira ressaltou que as regras em vigor sobre o uso da verba indenizatória, à época,eram outras e que em nenhum momento quebrou as normas.Segundo ele, a comissão de sindicânciada Corregedoria da Câmara cometeu erros nasinvestigações. O deputado disse que um deles foi o fato de o contrato de prestação de serviços desegurança prever jornada de trabalho de 28,8 horas por dia, e a comissão ter ignorado intencionalmente que o serviçoera prestado por três agentes com jornadas de 9,6horas por dia.Além disso, Moreira afirmou o corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), deveriater se declarado suspeito para comandar a comissão desindicância por ele ser integrante do mesmo partido. Moreira também acusou o DEM de persegui-lo e a seu filho, odeputado estadual de Minas Gerais Leonardo Moreira, que foi expulso do partido no mesmo dia que ele.Acompanhado pelos dois filhos e por dois advogados,o deputado apresentou requerimento ao Conselho de Ética para que osdeputados do DEM que participam do colegiado sejam impedidos departicipar de seu julgamento.Moreira disse também que foi perseguido por seu antigo partido, porque selançou candidato à segunda vice-presidência daCâmara como avulso e não aceitou a candidatura oficialdo deputado Vic Pires (DEM-PA), escolhido pela bancada democrata