Nova estimativa do governo prevê expansão de 0,7% para o PIB

19/05/2009 - 20h04

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, deverá ficar em torno de 0,7%. A previsão deve ser divulgada amanhã (20), segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Vai ser diminuída a projeção. Ela é bem parecida com essa”, afirmou. A projeção anterior era de crescimento do PIB em torno de 2,1%.O ministro admitiu que crescer 0,7% “é muito pouco”.  “Nós tínhamos que crescer 4%”, afirmou. Não adianta, contudo, chorar pelo leite derramado, disse. A saída é trabalhar duramente para chegar ao  segundo semestre em condições de ter um crescimento mais acelerado. “É isso que nós estamos fazendo”. As projeções para o PIB consideram as recentes pesquisas relativas à indústria, comércio e emprego, principalmente.Paulo Bernardo afirmou que o governo está apostando que, com o aumento da atividade econômica, haverá também expansão da arrecadação federal. No último quadrimestre, a arrecadação do governo federal teve queda de 7,1%, alcançando R$ 218,8 bilhões.O ministro disse que já houve uma melhora em relação ao resultado apurado no último trimestre do ano passado e no início deste ano. Observou, por outro lado,  que além da queda na arrecadação, as reduções de impostos  concedidas pelo governo a partir do final de 2008 representaram quase R$ 21 bilhões.“Isso  quer dizer que aqueles cortes que foram feitos já estão na nossa conta. Nós já estamos trabalhando com  esses números para o  nosso cenário fiscal para este ano. Se houver novos cortes de impostos, nós vamos ter que fazer uma adequação em termos de despesa também”, afirmou.Ao participar do Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministro do Planejamento informou que a redução de impostos promovida pelo governo federal significou R$ 50 bilhões a menos para uma receita programada de R$ 850 bilhões. Ou seja, uma redução de cerca de 7%.Amanhã (20), o Ministério do Planejamento envia ao Congresso Nacional o ajuste do relatório orçamentário. Mas, Paulo Bernardo não acredtia que os R$ 50 bilhões poderão ser superados. “Essa conta é que a que nós já tínhamos. O número de R$ 50 bilhões é arredondado. Pode ser um bilhãozinho a mais, um bilhãozinho a menos”, disse.