Empresários e economistas projetam crescimento da economia em 0,3% neste ano

19/05/2009 - 16h38

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, soma de todas as riquezas produzidas no país, pode encerrar o ano de 2009 com um crescimento de 0,3%, segundo opinião de empresários e economistas entrevistados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na pesquisa “Sondagem econômica da América Latina”. O levantamento, divulgado hoje (19), mostra ainda que o crescimento médio da economia latinoamericana será negativo, de acordo com os especialistas: -0,4%.Comparando cada país, o Brasil deverá ter, na expectativa dos especialistas, um crescimento maior que o da Argentina (-1,6%) e o do México (-1,8%), mas menor que o crescimento dos demais: Peru (3,6%), Bolívia (3%), Colômbia (1,1%), Equador (1,1%), Paraguai (1%) e Uruguai (0,9%).Quanto à inflação, a expectativa é que o Brasil encerre 2009 com uma taxa de 4,5%, maior apenas que a do Chile (3,2%) e a do Peru (3,6%), e menor que a da Venezuela (32%), da Argentina (14%), da Bolívia (10%), do Uruguai (8,2%), do Equador (7%), do Paraguai (5,8%), do México (5,5%) e da Colômbia (5,3%).Entre os países que compõem o Bric - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China - o PIB brasileiro poderá ser menor que o da China (7,1%) e o da Índia (5,9%), mas maior que o da Rússia (-3,1%). Na comparação da inflação, o Brasil poderá ter taxas menores que as da Rússia (14%), mas maiores que as da Índia (3,6%) e da China (2,3%).“O Brasil está melhor que a Rússia, mas, em relação à China e à Índia, a gente certamente está bem pior. A China, em qualquer projeção dos organismos internacionais, inclusive, ainda continua com uma expectativa de taxa de crescimento acima de 5%. A Índia também. E [nas expectativas de organismos internacionais] o Brasil varia, [com expectativas] às vezes um pouco negativas, em torno de 0%”, disse a coordenadora de Projetos do Centro de Estudos do Setor Externo da FGV, Lia Valls.Segundo os empresários entrevistados pela FGV e pelo instituto alemão IFO, a economia mundial deverá crescer 2,7%. Para a União Europeia, a expectativa é de redução de 2,7% no PIB. Nos Estados Unidos, o decréscimo esperado é de 1,1% e no Japão, de 3,4%.Para a pesquisa na América Latina, foram ouvidos 136 especialistas de 16 países da região.