Dirigentes descartam demissões com fusão entre Sadia e Perdigão

19/05/2009 - 15h32

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Dirigentes da Sadia e da Perdigãoafirmam que não há previsão de demissões na operaçãode fusão entre as duas empresas do ramo de alimentos, que foi anunciada hoje (19). Conforme estimativa das duas companhias, a empresa resultante, BrasilFoods,deverá ser a maior empregadora privada no Brasil, com mais de100 mil funcionários.

Segundoo presidente da Sadia, que será copresidente da Brasil Foods,Luís Fernando Furlan, não haverá fechamento defábricas e espera-se um aumento da demanda e, por consequência,da produção, devido aos esforços combinados dasduas companhias para ampliação dos negócios.“Nós estamos fazendo essa associação paraaumentar o número de empregos”, afirmou Furlan.

Emrelação aos consumidores, tanto a Sadia quanto a Perdigão garantemque não ocorrerão mudanças e que serãomantidas todas as marcas e produtos oferecidos atualmente.

Apesarda otimização dos meios de produção e dalogística resultantes da fusão, não háindicação de redução de preçospara o consumidor. De acordo com o presidente da Perdigão ecopresidente da nova empresa, Nildemar Sanches, o principal motivode não haver diminuição nos custos é o fato de as empresas serem apenas “uma parte da cadeiaprodutiva”, que envolve também os distribuidores,atacadistas e vendedores do varejo.

Quanto a uma possível concentraçãode mercado, Sanches admitiu que a Brasil Foods terá uma “fatiasignificativa” de vários segmentos do setor de alimentação,mas ressaltou que ainda não se conhecem as dimensões da parcela de mercado referente à nova empresa. Secchesdestacou que uma parte significativa da atuaçãodas companhas é no exterior: “Metade do nosso faturamentovem de fora do Brasil.”