Eletrobrás vai construir seis usinas em parceria com o Peru

15/05/2009 - 19h33

Riomar Trindade
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Eletrobrás investiráaté R$ 16 bilhões em seis usinas que vai construir em parceria com oPeru. Essas hidrelétricas poderão gerar em torno de 7 mil megawatts (MW),devendo começar a operar entre 2010 e 2014. As usinas atenderãopreferencialmente o mercado brasileiro, segundo informou hoje (15) o presidenteda Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, durante seminário sobre integraçãoenergética entre os dois países, realizado no Rio.“Inicialmente o projeto previa a construção de quatro usinas voltadasexclusivamente para o Brasil, mas decidimos que não seria possível, epoliticamente correto, deixar o mercado peruano de lado”, disse Muniz Lopes. Segundo a Eletrobrás, os empreendimentos em estudos no âmbito da primeira etapada parceria Brasil-Peru, são os seguintes:  Paquitzapango (1.380 MW); Sumabeni (1.080 MW); Urubamba (950 MW); Cuquipampa (800 MW); Vizcatan(750 MW), e Inambari (2.000 MW).De acordo com Muniz Lopes, o projeto completo prevê a construção de 15 usinas. “Aindaestamos construindo a parceria para esse investimento. Inicialmente já há manifestação de interesse da empreiteira OAS e da peruana GTZ, que participaramdo projeto de previsibilidade da obra.”A assessoria de imprensa da Eletrobrás informou que, para o secretário dePlanejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, aconstrução das usinas tem de ser alvo de um tratado entre os dois países paragarantir maior segurança para o empreendimento e a geração de energia.“Somente um tratado, a exemplo do que existe hoje com o Paraguai, para Itaipu,e com a Bolívia, para o fornecimento de gás natural, garante estabilidade paraalém de governantes e impede uma modificação das regras a esmo”,disse Ventura.Ex-presidente da Eletrobrás, Altino Ventura observou, entretanto, que o tratadonão impede uma rediscussão das regras caso uma das partes assim o queira. “É oque está acontecendo hoje com o Brasil e o Paraguai. Mas, com o tratado, essasmudanças ficam mais dificultadas e evitam abusos na alternância de poder, já queo contrato é para geração de energia por mais de 20 ou 30 anos”, afirmou.