Presidente da Eletronuclear diz que modelo brasileiro de energia é o mais seguro do mundo

14/05/2009 - 1h24

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Odiretor-presidente da Eletrobrás Termonuclear (Eletronuclear),Othon Luiz Pinheiro, disse hoje (14) em audiência pública naCâmara que o modelo brasileiro adotado para geraçãode energia elétrica é o mais seguro do mundo. Segundoele, o modelo recomendado atualmente é a alternativa da usinaatômica, que, depois da força hidráulica, éa forma mais econômica para gerar energia elétrica. Aconcentração de 80% da população na áreaurbana exige a necessidade de usar a energia nuclear para geraçãode eletricidade, situação inversa do que acontecia nosanos 50, quando maior parte da população estava nazona rural. Segundo Pinheiro, o Brasil adotou métodos de segurança maiseficazes, com a estruturação de sistemas de prevençãoe pessoal treinado para emergência, sob a fiscalizaçãoda Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e da AgênciaInternacional de Energia Atômica. Ele diz que, do ponto devista de segurança, “é mais fácil hoje oplaneta ser atingido por um meteorito do que sofrer danos por umacidente nuclear”.O modelonuclear brasileiro usa o sistema de reatores TWR, refrigerados porágua desmineralizada, reconhecida como a forma mais viável,ao contrário do modelo de reatores que funcionavam pordecantação, usado na usina de Chernobyl, na Rússia,que nos anos 80 provocou um acidente nuclear.Sobre aexigência do Tribunal de Contas da União de expandir oatendimento para pacientes comuns na área das usinas atômicas,o presidente da Eletronuclear argumentou que isso não pode serfeito porque os centros que funcionam nessa área lidam compacientes que estão com baixa imunidade. Por isso, nãopodem ser misturados a outros doentes.Elecompletou que é possível atualmente manipular a energianuclear em harmonia com o meio ambiente.