Mudanças na poupança não resolvem migração de investimentos a longo prazo, diz professor

14/05/2009 - 1h11

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As mudançasanunciadas ontem (13) para a caderneta de poupança representam“uma medida adequada” no cenário atual, de queda nas taxasde juros adotadas no país, mas não resolvem a a longoprazo a migração de grandes investidores para apoupança, atraídos pelos melhores rendimentos.A avaliaçãoé do professor José Márcio Camargo, daPontifícia Universidade Católica do Rio, que participouhoje do 11º Seminário Anual de Metas para a Inflação,promovido pelo Banco Central.Segundo ele, serápreciso que o governo defina mais para a frente uma politicadefinitiva, que garanta à poupança rendimentos queacompanhem o movimento do mercado, como a implementaçãode taxas de juros flutuantes para remunerar os poupadores.“Não foiagora, mas em algum momento vai ter que ser . O preço políticoé alto, mas vai ter que ser adotado por algum governo queesteja disposto a pagar por ele”.O ex- diretor do BancoCentral, Luiz Fernando Figueiredo, se mostrou mais crítico àsmudanças da poupança, e também reconheceu comode caráter transitório. “É um remendo. Resolveno curto prazo, mas se a gente quer que a taxa de juros tenhamcaráter definitivo temos que tomar um decisãodefinitiva também”.