Falta de informação tem aumentado procura por diagnóstico de gripe suína em hospital do Rio, diz médico

13/05/2009 - 17h33

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Devido à intensa procura pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho para o diagnóstico da gripe suína, o chefe do Serviço Epidemiológico da unidade, Roberto Fiszman, reforçou hoje (12) que só devem se preocupar pessoas com sintomas de gripe que estiveram no exterior. Segundo ele, casos de gripe comum são normais nesta época do ano.O médico informou que a unidade pode “perder o foco de bloquear a infecção” da gripe suína, ao investigar todos os pacientes com gripe comum. Segundo o médico, por falta de informação, muitas pessoas que não estiveram fora do país ou que não se encontraram com pacientes suspeitos têm procurado o hospital.“Como foi descrito que as pessoas deveriam ter chegado de viagem, gente que voltava de Maricá [Região dos Lagos] com febre, nos procurou achando que estava com a Influenza A”, afirmou Fiszman em entrevista à imprensa.“Não é qualquer viagem. É viagem para exterior. Ainda assim, estamos trabalhando da seguinte forma: se veio do exterior e apresentou em menos de dez dias febre alta, vamos investigar melhor”, esclareceu.O fato de casos de gripe normal serem mais freqüentes nesse período não significa que as pessoas devem descartar uma consulta. O médico do hospital universitário lembrou que a doença provoca mais mortes que a gripe suína.“Estamos na temporada de gripe comum, que acontece todo ano. Essa gripe comum tem uma mortalidade maior que a gripe A [gripe suína], mata talvez, entre 1% e 2% das pessoas contaminadas. Essa [gripe suína] tem muito menos [mortalidade] que isso”, informou.Ao divulgar boletim sobre o estado de saúde de dois pacientes com a gripe suína internados no Clementino Fraga Filho e outro com suspeita, o chefe do serviço epidemiológico informou que os doentes não completaram o período de tratamento e que ainda não há previsão de alta.Em relação ao primeiro paciente com a gripe suína no Rio, liberado da unidade nesta manhã, o médico reforçou que não há risco de transmissão do vírus. “Para esse vírus [da gripe suína], ele está imune."