Mangabeira Unger defende "revolução inovadora" no país a partir da agricultura

11/05/2009 - 17h26

Danilo Macedo*
Repórter da Agência Brasil
Medianeira (PR) - O secretáriode Assuntos Estratégicos, ministro Mangabeira Unger, dissehoje (11) que a grande revolução possível noBrasil atualmente é o uso dos recursos do Estadopara instrumentalizar a energia inovadora da população.Para ele, a agricultura é o terreno mais fértil parainiciar essa revolução.Mangabeira Unger disse que  “a característicamais importante do Brasil é que ele fervilha de vitalidadeempreendedora e criativa, mas se meteu numa camisa de força deinstituições, de práticas e de ideias quesuprimem essa vitalidade, em vez de instrumentalizá-la”. Segundo ele, para usufruir dessa qualidade épreciso inovar também nas instituições políticase econômicas. “A agricultura é a área maisimportante, e vamos começar a obra por essa parte", disse. Ele considera o cooperativismo o melhorcaminho a ser seguido. Para colher informações eexemplos de boas experiências, ele e o ministro da Agricultura,Reinhold Stephanes, visitam, hoje e amanhã (12), cooperativasrurais no estado do Paraná. Unger tambémquer saber quais são os problemas que o setor enfrenta. “OBrasil tem um interesse estratégico em que essa experiênciaexemplar do cooperativismo agrícola supere seus problemas epossa ajudar a apontar o caminho para o país”, disseele. Ao visitar aCooperativa Lar, no município de Medianeira, o ministro disseque o país poderá alcançar “um lugarproeminente no mundo”, se definir seu caminho corretamente.Medianeira é a primeira das quatro cidades paranaenses queMangabeira e Stephanes vão visitar até amanhã.  Osetor recebeu hoje a boa notícia da publicação,no Diário Oficial da União, da portaria querepassa recursos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) para acertar a situação definanciamentos concedidos a agroindústrias, indústriasde máquinas e equipamentos agrícolas e a cooperativasagropecuárias.O presidente da Organizaçãodas Cooperativas do Paraná (Ocepar), João PauloKoslovski, disse que o volume de recursos é “muito bom”,mas destacou que, quando os produtores e cooperativas procuram osbancos, são orientados para aguardar o empréstimo maisum pouco, devido ao período de crise.