Especialistas americanos ensinam brasileiros a obter marcas e patentes nos EUA

08/05/2009 - 17h00

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em parceria com o Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO, na sigla em inglês), realiza na próxima semana um road show (seminário itinerante) em três cidades brasileiras, com o objetivo de ensinar os empresários nacionais como proteger os direitos da propriedade intelectual nos dois países. O INPI é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A série de palestras será iniciada na próxima segunda-feira (11), no Rio de Janeiro, seguindo depois  para Curitiba (PR), no dia 13, e Manaus (AM), no dia 15.

A coordenadora-geral de Articulação Institucional e Difusão Regional do Inpi, Rita Pinheiro Machado, disse hoje (8) à Agência Brasil que a finalidade é fazer os empresários brasileiros conhecerem as formas de patenteamento nos Estados Unidos, entendendo o contraponto existente em relação ao Brasil. “Como tem muitas diferenças, é importante  para o empresariado conhecer e entender qual é a lógica do sistema.”

Isso se aplica, sobretudo, para  os empresários  voltados à atividade exportadora, que querem comercializar seus produtos naquele país e, ao mesmo tempo, evitar cópias ilegais. “Se ele tiver interesse no mercado americano, é importante patentear lá para  evitar a pirataria. É um mercado bastante atraente. Por isso, é importante saber como se faz para, justamente, ponderar se vale a pena depositar lá ou não”, disse Rita Pinheiro Machado.

Segundo a assessoria de imprensa do Inpi,  o número de pedidos brasileiros de patentes depositados nos Estados Unidos  ainda é bem reduzido, embora venham registrando crescimento ao longo dos anos. Em 2007, eles somaram 375, contra 214.807 pedidos estrangeiros de patentes depositados no USPTO. Em 2006, foram feitos 341 pedidos brasileiros de patentes no mercado norte-americano, para um total de 204.183 pedidos estrangeiros. A situação, segundo os técnicos do Inpi,  já foi bem pior: em 1999, por exemplo, foram computados apenas 186 pedidos de patentes de empresários brasileiros nos Estados Unidos. O sistema de patenteamento do Brasil se aproxima  mais do sistema europeu, esclareceu Rita Pinheiro Machado.