Vale espera o fim de licença remunerada para definir novas demissões

07/05/2009 - 20h39

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Somente após o retorno dos 1.300 funcionários que se encontram em licença remunerada, a mineradora Vale  irá estudar a possibilidade de efetuar ou não novas demissões. Foi o que manifestou hoje (7) o diretor executivo de Finanças  e de Relações com Investidores da empresa, Fábio Barbosa. No próximo dia 31, termina o prazo para retorno ao trabalho de 1.300 empregados da companhia que estão em casa,  recebendo 50% dos salários mais benefícios. “Não haverá demissão em massa quando acabar o período de licença remunerada”, disse Barbosa. No ano passado, foram desligados 1.300 empregados.O acordo firmado pela Vale com os sindicatos dos trabalhadores garantia a estabilidade no emprego até o dia 31 de maio. Ao final desse prazo, os funcionários voltarão ao trabalho e a Vale manterá uma nova rodada de negociação com os sindicatos, para estudar  a melhor alternativa, em função da crise financeira internacional que provocou um corte na produção da mineradora. O acordo, entretanto,  não deverá ser renovado.Ainda devido ao atual cenário mundial, provocado pela crise externa, estão sendo revistos os investimentos previstos em outubro do ano passado para aplicação neste ano pela Vale, que atingiam US$ 14 bilhões. A data para divulgação dos novos números não foi anunciada.Barbosa revelou que a retração da demanda global fez a Vale direcionar suas vendas para o mercado chinês, que no primeiro trimestre deste ano já  representa 44,7% das vendas da Vale. No mesmo período do ano passado, a participação da China nas vendas globais da mineradora brasileira era de 17,2%. O diretor executivo de Finanças disse que a partir de agora a companhia vai adotar um modelo de  negociações de preços mais flexível.