Opportunity considera arbitrário indiciamento de Dantas pela CPI dos grampos

07/05/2009 - 16h49

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Em nota à imprensa divulgada hoje (7), o grupo Opportunity reclamou do indiciamento do banqueiro Daniel Dantas pela Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados. Segundo o grupo, o indiciamento “é arbitrário e não tem correlação com a verdade”, servindo para “acobertar aqueles que, de fato, praticaram as alegadas ilegalidades no Brasil”.De acordo com o Opportunity, a Kroll - empresa contratada pela Brasil Telecom - não interceptou ilegalmente a Telecom Itália. A suposta espionagem feita pela Kroll foi investigada pela Polícia Federal na operação que recebeu o nome de Chacal.“Se a CPI das Escutas Telefônicas quiser apurar de onde vieram essas falsas acusações contra o senhor Daniel Dantas é conveniente examinar o processo italiano, onde existe acusação de fraude e de interceptações ilegais no Brasil. Os crimes foram praticados pelo grupo de espiões arregimentado pela Telecom Itália. O grupo de espiões arregimentado pela Telecom Itália fez o que o acusam o senhor Daniel Dantas de ter feito”, diz a nota. Em seu depoimento à CPI dos Grampos em abril deste ano, o banqueiro Daniel Dantas disse que não ordenou a instalação de grampos ilegais pela Kroll e alegou que a Operação Chacal teria sido “encomendada” pela Telecom Itália à Polícia Federal. Segundo Dantas, a empresa do setor telefônico italiano teria interesse em prejudicar a Brasil Telecom na disputa pelo setor de telefonia no Brasil.Na nota, o Opportunity acusa a Telecom Itália de ter feito interceptações telefônicas ilegais contra o banqueiro e executivos do grupo e afirma que  as evidências usadas para originar a Operação Chacal “foram produtos de fraude”.