Instituto Adolfo Lutz recebe kit dos Estados Unidos para análise da gripe suína

07/05/2009 - 20h24

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, iniciou na tarde de hoje (7) a utilização de um kit recebido dos Estados Unidos para realizar testes em pacientes suspeitos de estarem infectados com o vírus Influenza A (H1N1), que provoca a gripe suína. O kit, que possibilita uma detecção genômica do vírus, já está sendo utilizado em dez pacientes. O kit não é imprescindível para se descartar a presença da doença nos pacientes. No entanto, torna mais rápida a análise. Para a detecção do vírus, sem os novos equipamentos recebidos, eram necessários 15 dias. Com o kit, esse tempo é de 72 horas. Até hoje, antes de receber o kit, o Instituto Adolfo Lutz já havia descartado 42 casos por exclusão, de 70 que já foram analisados. Não há nenhum caso confirmado. Os 28 restantes passarão a ser examinados com os novos equipamentos do kit, enviados gratuitamente pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos Estados Unidos.No estado de São Paulo, existem hoje sete pessoas suspeitas de estarem infectadas com o vírus da gripe suína. Esses pacientes estão isolados, internados em hospitais e já estão sendo tratados e recebendo medicação como se tivessem, de fato, com a doença. Esse procedimento é um padrão adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outros cinco casos, em que o paciente tem poucos sintomas da doença, estão sendo monitorados. Nesses casos, as pessoas são mantidas em isolamento domiciliar.“O período de transmissibilidade da doença é de 10 dias. As crianças podem transmitir por um período maior e, por isso, ficam, quando é o caso, mais tempo internadas”, explicou a diretora técnica da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória do Centro de Vigilância Epidemiológica do Instituto Adolfo Lutz, Telma Carvallanas.