CPI dos grampos é criticada por não indiciar Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda

07/05/2009 - 17h01

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O relatório aprovado hoje (7) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas da Câmara dos Deputados recebeu críticas por terdeixado de fora dos pedidos de indiciamentos o delegado da PolíciaFederal Protógenes Queiroz e o ex-diretor da Agência Brasileira deInteligência (Abin) Paulo Lacerda.“Ogoverno tem maioria aqui e não desejaria que seus agentes públicosfossem indiciados”, disse o presidente da CPI, Marcelo Itagiba(PMDB-RJ).“Nadadisso. Houve muita liberdade na negociação”, disse a relatora IrinyLopes (PT-ES), ao negar que a CPI tivesse acabado "em pizza". “A CPIpromoveu indiciamentos, procurou o Judiciário para o compartilhamentode informações, ofereceu dois projetos de lei para serem debatidos. Vaidizer que isso é pizza? Isso está muito longe de ser pizza”, completou a deputada.Arelatora apenas incluiu em seu relatório o pedido de indiciamento dobanqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, por escuta telefônica clandestina. Segundoela, há indícios de que Dantas teria contratado empresa de escutastelefônicas para grampear conversas durante a compra da Brasil Telecompela Telecom Itália. O grupo Opportunity era interessado na negociação.