Em nota, Sarney nega que queira abafar investigações sobre irregularidades no Senado

05/05/2009 - 18h29

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou hoje (5) nota àimprensa em que contesta as insinuações de que a direção do Senadoestaria tentando abafar as investigações relacionadas às denúncias deirregularidades em contratos de empréstimo consignado.Nodocumento, Sarney afirma que o “rigor determinado na condução do casoficou evidenciado com as medidas anunciadas”, como a abertura desindicância administrativa e sindicância pela Corregedoria do Senado e também com a instauração de inquérito policial pela Polícia do Senado esuspensão das operações de empréstimo consignado pelo Banco Cruzeiro doSul, até que as apurações sejam concluídas.Sarney afirmou, na nota,que o Senado é a jurisdição da Polícia do Senado, cabendo a ela asinvestigações dentro da instituição. Ele ressaltou, ainda, que tanto o MinistérioPúblico como a Polícia Federal não dependem de iniciativa do Senadopara atuar.No plenário, Sarney fez um balanço dos três meses em que está à frente da presidência e anunciou que, na próxima terça-feira (12), será apresentado o resultado do estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas. Tambémno plenário, o Corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), reafirmou quenão se afastará do cargo após as denúncias do ex-diretor de RecursosHumanos João Carlos Zoghbi insinuando que ele e o senador EfraimMoraes (DEM-PB), ex-primeiro-secretário do Senado, teriam participado de supostas irregularidadespraticadas pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia. Tuma negou quetenha comprometido a apuração das denúncias publicadas na revista Épocado final de semana. “Em hipótese alguma tive algum comprometimento com asinvestigações. Estou pronto para tomar todos os esclarecimentosnecessários”, disse. "Não posso abrir mão do que não estou fazendo. Nãoposso deixar a Corregedoria porque não estou intervindo nessesacontecimentos”, completou Tuma.O líder do PT no Senado,Aloísio Mercadante (SP), cobrou que o presidente Sarney peça acolaboração do Ministério Público nas investigações das denúncias.