Dia Mundial de Combate à Asma começa com campanha para reduzir efeitos da doença

05/05/2009 - 7h24

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério daSaúde comemora  hoje (5) o Dia Mundial de Combate à Asma com uma campanha de esclarecimento sobre anecessidade de identificação precoce da doença, de modo a reduzir seus efeitos. Quando não é tratada adequadamente, a asma pode levar àmorte.A Organização Mundial da Saúde(OMS) estima que cerca de 150 milhões de pessoas sofram com adoença. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologiacalcula que de 7% a 10% dos brasileiros têm asma (um universode 14 milhões a 20 milhões de pessoas). Segundo o Ministérioda Saúde, a asma provoca cerca de 2 mil mortes por ano.Para a especialista em pneumologia e tisiologia Elizabeth Oliveira Rosa e Silva, os númerospodem ser reduzidos com mais campanhas de esclarecimento e mais acesso amedicamentos. Ela diz que a incidência de asma temaumentado no mundo inteiro. “As razões nãoestão totalmente esclarecidas, mas acreditamos que seja pelamaior exposição aos alergênicos [fatores quedesencadeiam reações inflamatórias nas viasaéreas], como poeira doméstica, poluiçãourbana e fumaça de tabaco”.Elizabeth Oliveiraressalta que é possível diminuir os números daasma por meio do diagnóstico precoce, principalmente emcrianças, embora a doença também ocorra na faseadulta, principalmente nas pessoas com vias aéreas maissuscetíveis a inalatórios. Ela lembra que o históricofamiliar também contribui. “Em famílias comcaso de asma, provavelmente as crianças serão maispropensas a ter asma, e os pais que fumam devem saber que seus filhostambém são mais suscetíveis a inflamaçõesnas vias aéreas”.Segundo Elizabeth, énecessário reconhecer os sintomas da doença, comochiadeira frequente no peito de uma criança. "Mas éimportante esclarecer que uma pessoa com asma pode tervida normal, só que precisa de tratamento, e quanto mais cedocomeçar, menores serão os efeitos. Exemplodisso é dado diariamente pela estudante Rayssa Campos, 21anos, de Brasília, que trata de asma desde os cinco anos, logo que seus paisidentificaram crises de falta de ar, dificuldades para exercíciosfísicos e chiadeira no peito.De lá para cá,Rayssa não descuida de sua saúde. Ela afirma que tem uma vida corrida - trabalha no PlanoPiloto, faz faculdade em Taguatinga e mora no Park Way -  eque, mesmo assim, não tem nenhuma crise de asma há mais de trêsanos.