Criadores defendem no Senado incentivos para produção suína

05/05/2009 - 14h54

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A garantia de preçomínimo para a carne suína, a viabilizaçãode crédito para o setor e a acabar com omito do perigo do consumo da carne em meio aos casos de gripe suínaforam discutidos nesta hoje (5) em audiência pública naComissão de Agricultura e Reforma Agrária do SenadoFederal. A reunião foimarcada antes mesmo das ocorrências de contágio daInfluenza A (H1N1). A finalidade era discutir a crise nasuinocultura, que teve os preços reduzidos no final do anopassado, deixando os produtores em dificuldade, com a falta decrédito e endividamento. A ocorrência da gripe suína,no entanto, motivou a discussão na comissão em torno darepercussão que o assunto está tendo no país eno mundo. O senador AugustoBotelho (PT-RR) disse que, como médico pode assegurar que acarne suína "não oferece perigo para a transmissãode qualquer doença, quando cozida adequadamente". O presidente-executivoda Associação Brasileira da Indústria Produtorae Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo Neto, disse que osprodutores catarinenses estão preocupados com o assunto, umavez que a doença não foi identificada no Brasil, nem napopulação nem no rebanho suíno, mas hátemor de que a desinformação possa criar um climairreal que prejudique as vendas. Ele acrescentou que o estado deSanta Catarina é modelo em segurança sanitáriapara criação de suínos. Ele defende ofortalecimento do setor, em vista da possibilidade de ampliaçãode vendas à China, o que deverá ser tratado durantevisita que o presidente Lula ao país no próximo dia 18. O senador RaimundoColombo (DEM-SC) defendeu que "o governo precisa informarmelhor à população e de forma mais adequada,sobre a Influenza A". "O Ministério da Saúdetem que fazer uma campanha clara, tranqüilizando a população,que elevou o consumo de carne de porco per capita de 12 quilospara 14 quilos no último exercício", segundo ele.A Comissão deAgricultura do Senado vai convocar os presidentes do Banco do Brasile do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) para abordar a questão do crédito para asuinocultura. O deputado Waldir Collato (PMDB-SC), presidente daFrente Parlamentar da Agropecuária na Câmara, disse queé preciso cautela num momento em que os Estados Unidos e oCanadá, que respondem por 40% das exportaçõesmundiais de suínos, estão com problemas com a doença.O presidente-executivoda Associação Brasileira da Indústria Produtorae Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo Neto, afirmou queas normas dos bancos para contratação de créditonão se aplicam à situação de crise queestá sendo vivida, por isso atualmente não foicontratado nem 1% do crédito prometido pelo governo, desde oinício da crise econômica, iniciada nos últimosmeses do ano passado. Ele diz que o destravamento do setor nãodepende do Ministério da Agricultura, mas do Ministérioda Fazenda.