Andima trabalha para lançar índice de preços de certificados de depósitos bancários

05/05/2009 - 19h16

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Associação Nacionaldas Instituições do Mercado Financeiro (Andima) deve publicar até o final do ano um índice de certificados de depósitos bancários (CDBs), que fornecerá parâmetros para a marcação de preços desses ativos.

O presidente da entidade, SérgioCutolo, afirmou hoje (5) à Agência Brasil que adificuldade encontrada até agora para se estabelecer ummodelo de preços resulta da ampla série detipos e categorias de CDBs, com custo de emissão diferenciado.

“Uma coisa é vocêpegar um CDB de um grande  investidor, onde não tem, porexemplo, custo de distribuição em uma granderede. Isso tem impacto diferenciado em termos de taxa”, disse. Cutolo informou que o trabalho está em fase final de elaboração e a expectativa é que seja colocado à disposição do mercado ainda esteano.

O novo índice está sendo desenvolvido em conjunto pela Andima e a FundaçãoGetulio Vargas (FGV). A medida vai beneficiar os  investidoresque compram CDBs e têm dificuldade de marcação depreços de mercado diariamente, além daqueles que operamcom fundos abertos, cuja movimentação é intensae frequente.

Cutolo adiantou que uma daspropostas em estudo é o uso de uma cesta de CDBs, quefuncionaria de modo similar ao do índice da Bolsa de Valoresde São Paulo (Ibovespa). Nessa cesta, estariam representados os maioresemissores desse tipo de certificado.

O emissor teria maior ou menorpeso no índice de acordo com a sua participaçãono mercado. Hoje, a Andima faz a marcação de preçode 91 debêntures e dos títulos públicosfederais lançados no mercado por meio de leilões. Aemissão de CDBs atingiu até o final de abril R$787 bilhões no mercado.

Está também emandamento o projeto de fusão da Andima com a Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid). “Isso estádentro do contexto da própria evolução dosistema financeiro”, disse o presidente da Andima. Ele considera natural, devido àcrise financeira, que haja uma discussão sobre a funçãodas instituições que operam nos mercados financeiro ede capitais no país.

“Não precisamos de duplicidade na nossa forma de agir. Nós representamosuniversos muito semelhantes de instituições econtinuamos discutindo isso.” Ele ponderou que a negociação, no entanto, não é simples e envolveinvestidores, emissores e acionistas.

Uma das prioridades dagestão atual é o convênio renovadocom o Banco Central, pelo prazo de cinco anos, que visa a desenvolver ea aprimorar o Sistema Especial de Liquidação e deCustódia até abril de 2014. O objetivo, segundo ele, é dar maior transparência ao mercado, criando condiçõespara que haja um mercado secundário de títulos públicosno país.