Para Miguel Jorge, nova prorrogação de IPI reduzido para carros é desnecessária

04/05/2009 - 17h11

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paul - Uma nova prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) para automóveis é desnecessária, segundo disse o ministro do Desenvolvimento Indústria eComércio Exterior, Miguel Jorge, hoje (4), após participar da aberturado seminário Conjuntura Externa e Desafios da Internacionalização, noCentro Brasileiro Britânico, na capital paulista. Na avaliação dele,não há necessidade de renovar esse benefício porque desde o final doano passado, quando o governo anunciou a medida, a venda de veículosaumentou.Além disso, ele destacou que outros sinais mostram umaretomada no movimento da economia.  “Houve um aumento bastanteimportante do salário mínimo, o emprego teria tido resultados bastantesatisfatórios em abril parauma situação de crise, portanto percebe-se que a economia começa avoltar a uma normalidade maior do que estava três meses atrás”.Deacordo com o ministro, a redução do IPI não deve ser estendida paraoutros setores, a não ser que haja algum fato muito específico em algumsegmento, mas nada indica que isso esteja acontecendo. “Todos ossetores estão pedindo essa redução, mas temos que avaliar primeiro qualé a cadeia desses setores, qual o efeito que a redução de IPI tem, comose faz a transferência da redução do IPI para o consumidor. Há setoresnos quais é impossível acompanhar se a redução se reflete no preço parao consumidor”.A medida que determinou a redução do IPI para os carros populares foi anunciada em dezembro do ano passado, com previsão para terminar no dia 31 de março.O objetivo foi o de reduzir os custos da produção para a indústriaautomobilística e com isso reduzir o preço final para o consumidor,além de preservar os empregos dos funcionários das montadoras. A medidavale para os carros de até 1.000 cilindradas, os chamados carros populares, quepagavam alíquota de 7%. Os veículos mais potentes do que essescontinuaram recolhendo o IPI, mas em taxas mais baixas. Com ocomportamento positivo do mercado, o governo prorrogou a medida pormais três meses (até o final de junho).