Mineradora retoma atividades em Corumbá, mas demite 326 funcionários

04/05/2009 - 19h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A MMX Mineraçãoe Logística anunciou hoje (4) a retomada da operação de sua mina de minério de ferro em Corumbá (MS), mas ao mesmo tempo, informou o desligamento de 249 funcionários da unidade de metálicos, devido à suspensão das atividades, e de 77 empregados da mina e da unidade florestal.De acordo com o diretor de Relações com Investidores da empresa,Chequer Hanna Bou Habib, não há previsão de retorno do funcionamento da unidade demetálicos. Emcomunicado, a MMX informou que “a falta deperspectivas de melhora, a curto e a médio prazos, no cenárioeconômico mundial no setor de siderurgia e, por conseqüência,no de mineração, tornou inevitável umareestruturação das atividades da companhia no estado”. Habib explicou que avolta da produção da unidade de metálicos dependerá da reação do mercado. Segundo ele, os funcionários dispensados poderão ser readmitidos diante de um eventual retorno das atividades da unidade. “Se existir demanda e a planta voltar a operar, e ela estápronta para operar a qualquer tempo, obviamente vai precisar deseus empregados de volta. Não há dúvida”. A MMX havia suspendidoas atividades de mineração, em Corumbá, em dezembro do ano passado,devido ao cenário de retração da demanda deminério e derivados no país e no mundo, gerada pelacrise financeira internacional. Segundo Habib, pesou também na decisãoa insegurança do rio Paraguai, que nem sempre oferece chance de transporte. “Às vezes,ele baixa e a gente tem que parar o transporte”, disse.Com essa dificuldade, a companhia havia feito um estoque na Argentina, antes de parar aprodução. A paralisação foi negociada comautoridades e sindicatos e estava prevista para durar dois meses, sendoposteriormente prolongada por mais 60 dias. Nos últimos cinco meses, período em que as atividadesestiveram suspensas em Corumbá, a MMX pagou os funcionários da unidade normalmente. Cada empregado demitido receberábenefício de R$ 1,1 mil e terá mantidos, pelos próximostrês meses, o tíquete alimentação e osplanos odontológico e de saúde.