Audiência no CNJ discute Sistema Único de Saúde

04/05/2009 - 12h21

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Grande parte dosprodutos farmacêuticos tidos como inovadores contam comsimilares largamente conhecidos no mercado, de acordo com odiretor-presidente da Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello. Segundo ele, houvequeda substancial no Brasil e em todo o mundo do número deregistros de novos medicamentos, a partir de 1995, por causa doaumento do grau de exigências para novas adoções.Mello falou emaudiência pública no Conselho Nacional de Justiça(CNJ), convocada parta discutir o Sistema Único de Saúde.Ate quarta-feira (7), o CNJ vai ouvir especialistas para fazeravaliação do setor. Segundo Raposo de Mello, 50% dosmedicamentos patenteados não tiveram qualquer inovaçãono mercado nos últimos dez anos. O representante doConselho Federal de Medicina (CFM), Geraldo Guedes disse que oPoder Público se nega a custear remédios de alto custo,alegando o interesse dos fabricantes de vendê-los. No entanto,ele acha que é necessário que o governo os forneçanum país carente de recursos como o Brasil. Guedes defende umamelhor qualificação dos institutos que cuidam da saúdee também do SUS. Segundo ele, é necessário acriação de carreiras específicas para aprofissionalização do atendimento no Sistema Únicode Saúde.De acordo com Guedes, oCFM não distingue o médico trabalha na rede privada dehospitais daquele que presta serviço por meio di SUS, porqueentende que todos têm que estar preparados para cuidar da saúdedos cidadãos.