Presidente do PCdoB defende busca de restos mortais de guerrilheiros do Araguaia

02/05/2009 - 19h12

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Nacionaldo PCdoB, Renato Rabelo, elogiou a decisão do Ministérioda Defesa de criar um grupo de trabalho coordenado pelo Exércitopara realizar novas buscas de restos mortais de desaparecidos daGuerrilha do Araguaia. “Acho bastante promissor o resgate de restosmortais de pessoas que participaram da Guerrilha do Araguaia. Éum passo importante até para resgatar parte de nossahistória.”Segundo Renato Rabelo,a decisão do governo de tentar localizar, recolher eidentificar restos mortais de desaparecidos da guerrilha “éjusta e correta, porque estava faltando ao governo cumprir decisãojudicial já transitada em julgado”. Para ele, essa respostado governo à decisão judicial é importante enecessária. “Mesmo que não se encontre ou encontrepouca coisa [restos mortais] a medida é importante.”O presidente do PCdoBdisse que o ex-dirigente comunista João Amazonas dizia queachava difícil encontrar corpos de participantes da guerrilha,“porque ele acreditava que o Exército havia queimado osrestos mortais em fogueiras de pneus para que nada fosse encontrado”.Rabelo sustenta que a criação desse grupo para tentarlocalizar restos mortais de desaparecidos na guerrilha “é umtipo de recurso que os familiares dos desaparecidos e o PCdoB vinhalutando e a União tinha que fazer esse último esforço”.Para o presidente doPartido Comunista do Brasil, as possibilidade de se encontrar restosmortais de participantes da Guerrilha do Araguaia são pequenase “pode se encontrar restos mortais de três a quatro pessoas,entre elas os do guerrilheiro Osvaldão [Osvaldo Orlando daCosta, um dos líderes do movimento]”.A criação do grupo de trabalho pelo Ministério da Defesa consta da Portaria nº 567, publicada na edição do Diário Oficial da Uniãoda última quinta-feira (30). Para justificar a iniciativa, oministério, no texto do documento, aponta “a limitação dos resultadosalcançados nas expedições já realizadas” e reconhece a necessidade denovos trabalhos de campo, com os meios logísticos e necessários.