Deslizamentos de terra provocados pelas chuvas matam três pessoas em Alagoas

01/05/2009 - 18h01

Luana Lourenço e Sabrina Craide
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Doisdeslizamentos de terra na manhã de hoje (1°) mataram trêspessoas em Maceió, capital de Alagoas. Os deslizamentos foramprovocados pelas fortes chuvas que atingem a região.

Os corposde uma mulher grávida e de uma criança já foramencontrados e as buscas continuam para encontrar o corpo de umasenhora de 100 anos, de acordo com o tenente Rômulo, da DefesaCivil municipal. “As casas ficavam em locais de risco.Qquando choveforte as barreiras caem”, afirmou.

Maisfamílias que viviam próximas às áreas emque houve deslizamento estão sendo retiradas para evitar novosacidentes. Não há registros de alagamentos ouinundações na cidade.

De acordocom o representante da Defesa Civil municipal, Alagoas vive uma“situação bipolar, com seca no sertão emuita chuva na capital”.

No Ceará,as fortes chuvas dos últimos dias atingem quase todo o estado,principalmente a região norte. A Defesa Civil estadual jácontabiliza quatro municípios que declararam estado deemergência e mais 51 aguardam avaliação.

Noestado, 5.767 pessoas estão desabrigadas e 12.519,desalojadas. Pelo menos quatro pessoas já morreram por causadas chuvas. As consequências das chuvas no Ceará, esteano, são as piores desde 2004, quando 91 municípiosficaram em situação de emergência.

De acordocom a Defesa Civil, o quadro pode se agravar nos próximosdias, por causa da previsão de mais chuvas para a região.Dos 131 açudes do estado, 97 já chegaram ao nívelmáximo. O período tradicional de cheias dos rios daregião só termina no fim de maio.

No Maranhão, cinco pessoas já morreram vítimasde afogamento ou deslizamentos causados pelas chuvas, e uma pessoaestá desaparecida. De acordo com o chefe da 5ª Seçãodo Comando Geral do Corpo de Bombeiros do Maranhão, majorAbner Ferreira, 31 municípios estão sendo diretamenteafetados, e mais de 86 mil pessoas foram atingidas pelos estragoscausados pelas enchentes. “Há muito tempo o Maranhãonão tinha um índice pluviométrico tãoalto quanto nas últimas três semanas. As chuvasprevistas para dois, três meses, estão caindo em umcurto período de tempo”, disse o major, em entrevista aoprograma Revista Brasil, da Rádio Nacional. Segundoele, alguns municípios estão ilhados, como Marajádo Sena, onde o acesso só é possível por viaaérea. Além disso, algumas rodovias federais eestaduais estão bloqueadas, o que dificulta o acesso a outrascidades. A situação pior é na regiãocentral do estado. De acordo com a previsão do tempo, aschuvas só devem diminuir no Maranhão depois do dia 15de maio.