Polícia Federal trabalha de forma neutra, diz Tarso Genro

29/04/2009 - 12h51

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro da Justiça, Tarso Genro afirmou hoje (29) que asinvestigações da Polícia Federal sãofeitas de forma neutra, sem barreiras, como deseja o governo. "Éuma polícia de vanguarda que dá exemplos àAmérica Latina e ao mundo", disse o ministro, aoparticipar da abertura da conferência O Papel da PolíciaFederal na nova Política Nacional de Segurança Pública,promovida pela Associação Nacional dos Delegados dePolícia Federal, no Hotel Nacional, em Brasília.De acordocom o ministro, a PF não é uma "políciapolítica" e investiga pessoas de todos os segmentos dasociedade. "Pessoas de todas as esferas são investigadase é diminuto o percentual de investigações sobregente da classe política, que, no final, acaba ganhando maiordivulgação.”

Oaperfeiçoamento dos trabalhos de investigação énecessário tendo em vista o avanço do Brasil em todasas áreas, assinalou o ministro da Justiça. Ele destacouque o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa tem tido umpapel fundamental na renovação da instituição.

Ao falarno encontro, Corrêa afirmou que a PF cumpre sua obrigaçãoalinhada com as macro políticas do país. Ele disse quea Conferência de Segurança Pública, que serárealizada no segundo semestre deste ano, será um marco naconstrução da política de segurançapública do país.

SegundoCorrêa, o país já vê resultados concretosdo trabalho da PF em diversas áreas, dentro do que prevêo Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania(Pronasci). A Polícia Federal vem trabalhando para reduzir ocusteio sem prejuízo do seu trabalho operacional. "Aqualidade da prova precisa ser uma preocupação da PF eisso é importante para aumentar a cada ano os inquéritosrelatados". Quando a prova é robusta, destacou ele, émenor a probabilidade de repercussões negativas sobre otrabalho da PF.

Opresidente da Associação Nacional dos Delegados dePolícia Federal, Sandro Torres Avelar, disse que apenas 3,5%das investigações realizadas hoje pela PF resultam empedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.Por isso, ele entende que as escutas são usadas de formacomedida. Segundo ele, o poder econômico e político dacriminalidade exigem medidas de maior realce durante asinvestigações.

Avelarenfatizou ainda que o uso de algemas também vem sendo feitodentro da técnica, cujo objetivo é garantir a segurançado preso, dos agentes e da sociedade.