Ministro diz que Brasil aguarda novas orientações da OMS para combate à gripe suína

29/04/2009 - 19h58

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil aguarda novas orientações da OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) para i combate à gripe suína.Hoje (29) a OMS elevou de quatro para cinco, numa escala atéseis, o alerta para o risco de uma pandemia. O risco, agora, éiminente. Mas, acordo com o ministro da Saúde, JoséGomes Temporão, a única recomendaçãoextra, até o momento, é no sentido de que os paísescoloquem em prática planos de contingência, o que oBrasil já vem fazendo desde sábado (25). "Nãohá recomendação para que sejam cancelados osvôos para as regiões afetadas. “Vamos aguardar sesurgirão recomendações adicionais da OMS”,disse o ministro. “Do ponto de vista do Brasil, já estamosna frente. Já estamos organizados, com planejamento, comsistema montado, monitorando. Não estamos correndo atrás.Imagino que haverá pouca mudança prática naabordagem.” SegundoTemporão, do ponto de vista prático, o importante éintensificar e monitorar o trabalho nos aeroportos e portos e mantera rede pública de saúde preparada para a detecçãoprecoce e o tratamento da doença. “Essas são as armasde que dispomos”, frisou. Oministro lembrou que hoje foi divulgado o seqüenciamentogenômico da doença, o que permitirá odesenvolvimento do teste para diagnóstico específico dagripe suína – o exame de biologia molecular deve estardisponível no país em dez dias. Além disso, serápossível o desenvolvimento de uma vacina no médioprazo. “Demandariaum tempo maior. O Brasil tem, como vantagem comparativa em relaçãoa isso, Bio-Manguinhos e Butantan [centros de pesquisa e produçãode vacinas], com grande capacidade de produção devacinas para uso humano, com tecnologia e gente qualificada”, disseo ministro. Noentanto, a doença ainda é pouco conhecida, frisouTemporão. Trata-se de um vírus novo, cujo códigogenético é composto por DNA de suíno, de ave ede seres humanos. “Os especialistas ainda não sabem comoesse vírus vai se comportar do ponto de vista práticono dia-a-dia, se vai perder capacidade de infecção, sevai causar casos menos graves ou não. É muito cedoainda para a gente poder avaliar com mais refinamento o impactoobjetivo dele”, ressaltou.