Edmar Moreira diz que não havia impedimento para uso de notas de suas empresas

29/04/2009 - 14h03

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputadomineiro Edmar Moreira, sem partido, apresentou sua defesa ao Conselhode Ética da Câmara no processo que responde por supostouso irregular de verba indenizatória. Ele usou notas de suasempresas de segurança para obter o ressarcimento dos R$ 15 milda verba indenizatória.Nodocumento, o deputado afirma que não havia impedimento para ouso da verba em sua própria empresa. E toma por basedeclaração do presidente da Casa, Michel Temer(PMDB-SP), sobre o uso das passagens aéreas na Casa. Temerafirma que não há irregularidade no uso da cota depassagens no passado. Moreira alega que o argumento tambémdeve ser aplicado em seu caso.“Talcomo fizemos no caso da verba indenizatória, em que havia umsistema normativo anterior revogado por um sistema normativo novo, éclaro que não se pode questionar o que ocorreu no passado”,diz na defesa. “Quero deixar claríssimo aos senhoresparlamentares é que não houve prática ilícitano passado”, complementa.O deputadoainda questiona a comissão de sindicância criada parainvestigá-lo e se diz perseguido. Para ele, não éválida a alegação da comissão desindicância de que não teria conseguido mostrar que osserviços de segurança foram prestados. Moreira afirmaque um contrato, mesmo sem registro em cartório, mostra arealização do serviço.E admiteter sacado dinheiro da verba indenizatória, mas ressalta queobteve autorização da Casa para isso. E, ao se explicarna defesa, foi claro: “A minha conclusão não pode seroutra senão a que venho bradando desde o início dessaminha defesa: a urgência em me condenar”, concluiu.EdmarMoreira ficou conhecido por ter um castelo de R$ 25 milhões emMinas Gerais, não declarado à Receita Federal eregistrado no nome dos filhos.