Economista da CNI acredita que necessidade de crédito forçará corte maior da Selic

29/04/2009 - 16h13

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Comitê dePolítica Monetária (Copom), do Banco Central (BC), podeir mais além do que um corte de 1 ponto percentual, reduzindoa taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual na reuniãode hoje (29).Essa é aexpectativa do economista Flávio Castelo Branco, daConfederação Nacional da Indústria (CNI), que vêno corte anterior, que foi de 1,5 ponto percentual, uma tendência."Mantendo a tendência de corte compatível com aúltima reunião do Comitê de PolíticaMonetária", disse o economista sobre sua previsão.Ele disse que, apesarda repercussão de declarações em que a previsãoé de queda de 1 ponto percentual, o BC poderá ir maisalém, em vista da necessidade de crédito mais baratovivida pelas grandes empresas. “A queda de jurospode aumentar a confiança do setor produtivo, facilitando aoferta de crédito que continua escasso, mas énecessário também um conjunto de açõesnessa direção, pois este continua sendo um grandeproblema num momento de crise internacional”, afirmou. Eleargumenta que a crise internacional começou afetando asexportações e, depois, reduziu o crédito,provocando mais danos nas pequenas empresas. Apesar dos resultadosnegativos do primeiro trimestre do ano, a confiança doempresário industrial, conforme o economista, estámenos negativa agora que em janeiro. De acordo com CasteloBranco, o trimestre que se iniciou em abril deverá ser detransição, mas não ainda de recuperaçãoda atividade produtiva. A CNI divulgou hoje o boletim trimestral Sondagem Industrial.