Tarso reafirma que Operação Castelo de Areia não teve viés político

28/04/2009 - 14h36

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, voltou a negar a existência de “viés político” na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investigou irregularidades na construtora Camargo Corrêa. Partidos de oposição foram citados durante as investigações como recebedores de doações de campanha da construtora consideradas irregulares.Para o líder do Democratas (DEM), José Agripino Maia (RN), um dos citados como beneficiado pela doação de dinheiro da Camargo Corrêa, houve vazamento de informações da operação. Ele pediu que o ministro da Justiça, Tarso Genro, revele os nomes dos responsáveis.Segundo Tarso, o relatório parcial da Polícia Federal sobre o andamento das investigações tem 250 páginas e o trecho que trata de doações de campanha tem apenas seis linhas.“Onde está o viés político desse inquérito que investiga lavagem de dinheiro e que usou apenas seis linhas para falar de doação de campanha? Não há nenhum viés político nessas investigações”, disse o ministro, ao responder a questionamento de Agripino Maia. Na opinião do parlamentar, o Brasil vive um “Estado policialesco”.“O Brasil não vive em um Estado policial. Em um Estado policial a PF não estaria aqui prestando informações”, rebateu Tarso. “É inadmissível se levantar que o Brasil vive um estado policial em que juízes fazem articulações na sombra para perseguir pessoas”, completou.Tarso Gerno e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, participam de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Os senadores querem explicações sobre o suposto vazamento de nomes de políticos de oposição que teriam recebido doações ilegais de campanha da construtora Camargo Corrêa.