Anvisa descarta gripe suína em passageiros que desembarcaram no Rio de Janeiro

28/04/2009 - 16h07

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) descartou a possibilidade de estarem contaminados pelo vírus da gripe suína os seis passageiros atendidos ao desembarcar hoje (28) no Aeroporto Internacional/Galeão-Antonio Carlos Jobim. Os seis viajaram em vôos provenientes do Panamá, com escala no México, e dos Estados Unidos, e passaram mal ainda nos aviões, com dores de cabeça, diarréia, vômito e tosse.Segundo o coordenador de Portos e Aeroportos da Anvisa no Rio, Marcelo Felga, três foram liberados logo após o atendimento e os demais encaminhados para exames complementares no Hospital Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz. “É apenas uma medida de precaução para melhor diagnóstico, já que nenhum deles apresentou o quadro sintomático específico da doença [febre acima de 38 graus, tosse, dores de cabeça, nas articulações e musculares]. Está descartada a febre suína nesses casos”, afirmou.Felga informou, ainda, que todas os aviões que pousam no Tom Jobim vindas de locais com suspeitas da doença passam por um processo de desinfecção para influenza e que os técnicos da agência fazem uso das máscaras de proteção. Para os passageiros, no entanto, o equipamento ainda não está sendo disponibilizado. Segundo o coordenador da Anvisa no Rio, como não foram confirmados casos da doença no município, não há necessidade de lançar mão dessa medida. Eles estão recebendo apenas folhetos com informações sobre a doença e avisos sonoros são emitidos no aeroporto orientando os que tenham qualquer dos sintomas a se dirigirem ao posto da Anvisa no próprio terminal. As empresas aéreas nacionais e internacionais também estão sendo alertadas por técnicos da agência para que, em caso de suspeita da doença, anotem os dados do passageiro para possibilitar uma investigação posterior. Na manhã de hoje, alguns passageiros desembarcavam no aeroporto internacional usando máscaras de proteção adquiridas por conta própria. Uma senhora que chegava da Argentina e não quis se identificar disse apenas que havia sido orientada pelas autoridades de seu país de origem a usar o equipamento de proteção.Já a advogada Leila Faria, que chegou no mesmo vôo de um dos passageiros atendidos pela Anvisa, disse que estava muito preocupada com o filho. "Ele viajou ao lado da senhora que foi atendida quando chegamos aqui. Ela tossia muito durante o vôo e eu estou preocupada com todas essas notícias. Vou levá-lo direto ao médico”, afirmou.