Setor de tecnologia da informação quer redução da carga tributária

27/04/2009 - 6h57

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A redução da carga tributária, tanto em âmbito federal quanto local, é uma das prioridades da nova diretoria da Associação Brasileira  das Empresas de Tecnologia da Informação-Seção Rio de Janeiro (Assespro/RJ), que toma posse quarta-feira (29) em solenidade na Associação Comercial (ACRJ).

O vice-presidente da Assespro nacional e da seção Rio, Raul Colcher, disse que a associação pretende ampliar a qualidade e a produtividade das pequenas empresas de tecnologia da informação (TI), além de pedir ao governo um tratamento fiscal e tributário mais eqüitativo.

Ele defendeu a redução de tributos para o setor e afirmou que a TI é um insumo de praticamente tudo hoje em dia. "Então,  se você onera a TI, toda a cadeia é onerada pelos tributos”. A tributação varia de acordo com o produto ou serviço prestado.

Segundo Colcher, a crise internacional não afetou de maneira profunda a área de TI no estado. “As pequenas empresas estão sentindo menos porque  têm soluções  muito avançadas e porque a tecnologia da informação é um instrumento para você  vencer o desafio em momento difícil, de crise, como está ocorrendo agora. Soluções de informática ganham  produtividade e, numa hora como essa, se torna muito importante você ganhar  qualidade e produtividade nos processos de negócio. E a TI é instrumento para isso”.

Considerado um dos pólos do país de tecnologia da informação, o Rio tem uma concentração acadêmica nessa área, com duas instituições de referência. São elas a Universidade Federal do estado (UFRJ) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC),  que obtiveram nota máxima da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação.

Há também vários centros de pesquisa. “Há uma densidade de prestadores de serviços  nessa área, alguns pequenos, mas  extremamente avançados em termos de tecnologia, que dão ao Rio uma posição de vanguarda no setor”, disse Colcher.

A Assespro/RJ  tem cerca de 200 empresas associadas, que representam 10% do total filiado à entidade nacional. Raul Colcher destacou que a concentração de negócios na área de petróleo e gás no estado é um fator de desenvolvimento para as pequenas empresas fluminenses de TI.

"Há uma demanda constante e haverá uma demanda muito grande nos próximos anos, em função  do plano de negócios anunciado pela Petrobras". Existe no estado um Arranjo Produtivo Local (APL) de  micro e pequenas empresas que desenvolve soluções para o setor de petróleo e gás, informou.

Durante a posse da nova diretoria da Assespro/RJ, será divulgado o novo formato do projeto Ecossistema, desenvolvido pela entidade em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio  às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O projeto visa ao compartilhamento de oportunidades de negócios para  empresas do setor de informática. O Ecossistemas foi implantado há cerca de um ano e agora  está sendo institucionalizado, com um portal na internet que deverá ser apresentado nesta semana. Embora não tenha ainda estatísticas detalhadas  sobre o programa, Raul Colcher afirmou que ele tem mostrado resultados positivos, proporcionando oportunidades cruzadas de negócios, sobretudo para as micro e pequenas empresas fluminenses de TI. “Por meio de um associado, ele gera oportunidades para outros associados. É um programa de compartilhamento de oportunidades”, explicou.