Para geógrafo, falta de empregos nas cidades-satélites do DF é um dos problemas centrais

21/04/2009 - 14h21

Da Agência Brasil

Brasília - A ausência de postos de trabalho nas cidades-satélites do Distrito Federal obriga os moradores a enfrentarem longos deslocamentos para trabalharem no Plano Piloto. Segundo o geógrafo e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Aldo Paviani, esse é um problema da capital que hoje (21) completa 49 anos.“Me preocupa muito que o centro tem 65% dos postos de trabalho. As pessoas têm que se descolar grandes distâncias para trabalhar, e a cidade [satélite] não tem a relativa autonomia”, disse Paviani em entrevista à Rádio Nacional. Na avaliação do geógrafo, há atualmente uma “periferização da população empobrecida”. “Isso acaba constrangendo quem vê o Plano Piloto como sendo um centro de primeiro mundo e as satélites tendo aspectos sociais graves”, afirma, Paviani, organizador de livros sobre a capital.