Menos protecionismo e mais apoio às exportações são consenso entre empresários do Ceal

16/04/2009 - 20h22

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O apoioàs exportações, por meio da concessão demais financiamento, e a luta contra o protecionismo para combater acrise externa são consenso entre os países que integramo Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), disse àAgência Brasil o presidente do diretório daentidade no Brasil, ex-ministro Marcus Vinicius Pratini de Moraes.

Pratini afirmou que ospaíses vão se empenhar pela redução doprotecionismo, “sobretudo no que se refere às restriçõesde acesso a mercado”. Citou, como exemplo, as restriçõesdo Chile e da Europa para a importação de carne. Opresidente do Ceal disse que as restrições afetam, alémda carne, produtos exportados pela América do Sul, como frutase flores.

“Há um certoconsenso em torno da idéia de que, para vencer a crisefinanceira, um instrumento importantíssimo é odesenvolvimento do comércio internacional. Por isso, sãoprecisos mecanismos para financiá-lo e, o segundo ponto éque é preciso assegurar acesso a mercados, combatendo oprotecionismo”, disse.

Hoje (16), 70empresários dos 18 países da Ceal participaram daprimeira reunião do diretório brasileiro, nestacapital.

Osempresários estiveram na Petrobras e, depois, com o presidentedo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), Luciano Coutinho, que apresentou as linhas de financiamentoda instituição e sua atuação na AméricaLatina, onde apóia projetos de integração depaíses da região. Segundo Pratini, o presidente doBNDES manifestou que a instituição está abertapara fazer operações “cruzando fronteiras”, ouseja, em países da região.

De acordo com opresidente do Ceal/Brasil, os empresários ficaram interessadosnas condições de empréstimo do BNDES econvidaram Coutinho a fazer uma apresentação, em breve,na América Central, sobre o processo de internacionalizaçãodas operações da instituição, “que éum estímulo para a maior integração da AméricaLatina”. Os empresários falaram também da importânciado BNDES ampliar os financiamentos à exportaçãode empresas nacionais e latinas, “sobretudo porque o sistemaprivado está muito aquém de atender àsnecessidades”, informou Pratini.

O grupo do Ceal visitouainda o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX. Amanhã(17), os empresários realizam a reunião anual doConselho. A idéia é traçar estratégiasnas áreas do agronegócio, automotiva, telecomunicaçõese alimentícia, entre outras, com objetivo de aumentar aeconomia dos países-membros do grupo no enfrentamento da criseinternacional.

O encontro contarácom a presença dos presidentes internacional do Ceal, JorgeZablah; da Fiat da Argentina, Cristiano Rattazzi; e do conselhoadministrativo da Sadia, ex-ministro Luiz Fernando Furlan.