Evento reúne cerca de dois mil jovens e mulheres atendidos pelo Pronasci no Rio de Janeiro

16/04/2009 - 20h40

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de duas mil pessoas, entre jovens e mulheres moradores de 18 comunidades carentes do Rio de Janeiro, participaram hoje (16) do 1º Encontro do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. A iniciativa é desenvolvida pelo governo federal, em parceria com o estado e a prefeitura.O ministro da Justiça, Tarso Genro, destacou, em seu discurso, que a segurança pública se faz não apenas com a polícia, mas com políticas sociais. Segundo ele, a atuação das forças de segurança do estado não deve se resumir a “bater e atirar”, mas “acolher e proteger”. Genro também ressaltou que a implementação do Pronasci no Rio de Janeiro é emblemática na luta do país contra a criminalidade.“O Rio de Janeiro é um centro propulsor do programa [Pronasci] nacionalmente. Se o Estado brasileiro, a comunidade, não ganhar a batalha da segurança pública no Rio, é um péssimo sinal para o país. Por isso, aqui, o Pronasci é ultra prioritário e continuará sendo”, afirmou.O ministro voltou a garantir que o programa não será interrompido por falta de recursos, já que o corte de 41% no orçamento do MInistério da Justiça, que havia sido anunciado pelo Planejamento, no fim do mês passado, foi cancelado. “Essa questão está resolvida”, afirmou.O governador do Rio, Sérgio Cabral, que também participou do encontro, destacou a importância da manutenção do projeto para as comunidades atendidas. “Vamos dar prosseguimento ao projeto que garante o resgate da cidadania, principalmente a jovens pobres no estado”, disse.A moradora da comunidade da Maré, na zona norte da cidade, Janaína Monteiro, que faz parte do projeto Mulheres da Paz, do Pronasci, disse que a comunidade espera que o programa não seja interrompido por falta de recursos nem de vontade política. “Já vimos muitos projetos sociais começarem e acabarem com os governos. Esse projeto a gente espera que continue por muito tempo porque ele nos permite dar opção a muitos jovens que estão ligados ao tráfico de drogas, onde geralmente encontram um caminho mais fácil de subir na vida”, afirmou. O Ministério da Justiça está investindo R$ 4,5 milhões em ações do Pronasci no Rio de Janeiro.Por meio do Mulheres da Paz, lideranças comunitárias são capacitadas para identificar jovens em situação de risco social e encaminhá-los ao Projeto de Proteção de Jovens em Território Vulnerável (Protejo), que oferece as atividades profissionalizantes, como cursos de administração, beleza, cultura e lazer, gastronomia, hotelaria e turismo.