Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As medidas contidas noPlano de Ação Contra a Crise, divulgado hoje (16) pelaCúpula Empresarial do Fórum Nacional, devem serrapidamente implementadas para que a crise financeira internacionalpossa ser, de fato, transformada em oportunidades para o Brasil. A avaliaçãofoi feita pelo presidente da Associação Comercial doRio de Janeiro (ACRJ), Olavo Monteiro de Carvalho, após adivulgação do plano, na Federação dasIndústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “Nósestamos sentindo a necessidade de que muitas dessas medidastransformem o Brasil em um país mais competitivo em termos decaptação de investimentos”, disse. Olavo Monteiro destacou que o governo abriu mais espaço para a iniciativaprivada, mas enfatizou que, por outro lado, “para que a gente possadeslanchar, é preciso que as medidas [sugeridas no plano]saiam do papel para a ação”. O presidente da ACRJdestacou entre as medidas propostas está a utilização dopetróleo da camada do pré-sal para transformar o Brasil em um dosgrandes atores no mundo do petróleo. Monteiro afirmou que o pré-sal, “que hoje éum tema de ordem global”, pode dar ao Brasil mais competitividadepara atrair capital estrangeiro e gerar mais empregos. “Eu acho quea velocidade dos fatos está nos atrapalhando. A prioridade,hoje, não é como a crise vai nos afetar. É como nos preparamos para aproveitar as oportunidades da crise”. Ele afirmou que arealização de eventos internacionais noBrasil, como o Fórum Econômico Mundial da AméricaLatina e a reunião do diretório brasileiro do ConselhoEmpresarial da América Latina (Ceal), demonstra o interesse doinvestidor estrangeiro em se inteirar sobre o que o Brasil estáfazendo para receber esses investimentos. O presidente emexercício da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, disse que oPlano de Ação representa o “início de um trabalho que vai seestender daqui para a frente”. Ele afirmou que, nos últimos 60dias, puderam ser constatados no Brasil a velocidade e o dinamismo doprocesso de superação da crise. “Isso nos anima, nosentido de que venha a desafiar a criatividade de nós todos,seja dos empresários e do governo, na linha de buscarmos autilização desse princípio de que crise geraoportunidades. Esse é o principal.”