Setor de combustíveis começa mostrar recuperação com aumento nas vendas de diesel

15/04/2009 - 20h26

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setorde distribuição de combustível jáapresenta sinais de recuperação de suas vendas.Segundo Alísio Jacques Mendes Vaz, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional dasEmpresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes(Sindicom), o diesel já estáem patamares de vendas iguais aos de março de 2008.

“Osnúmeros que nós temos das associadas do Sindicomindicam que as vendas de diesel, que é o principalcombustível, têm um valor praticamente igual ao de marçodo ano passado, revertendo uma tendência de queda que tínhamosnos dois primeiros meses do ano”. Isso significa, conforme acentuouVaz, que já há uma recuperação no consumode diesel no país, embora o acumulado do ano ainda estejaabaixo do de igual período de 2008.

Osetor de combustíveis experimentou forte queda no primeirobimestre deste ano devido à crise internacional. A quedaatingiu 8% no acumulado até fevereiro. Mas, em março,já foi sentida uma recuperação.Ovice-presidente executivo do Sindicom afirmou ainda à AgênciaBrasil que a recuperação da indústria e daagricultura, diante da crise internacional, terá um efeitofavorável para o setor, que é considerado um termômetroda economia.“A gente não consegue vendermais combustíveis do que o mercado demanda. O nosso desempenhovai depender, justamente, da retomada da economia, do crescimento. Ouseja, nós somos o insumo que movimenta a economia”, afirmou.

Alísio Vazanalisou que na medida em que a indústria e a agricultura,principalmente, mostrarem recuperação diante da criseinternacional, o resultado vai refletir sobre o setor de combustíveissob a forma de um aumento da demanda. “Na medida em que a indústriagera produção, essa produção precisa sertransportada, assim como a agricultura, que tem no diesel um de seusprincipais insumos”, disse.O Sindicom é uma das entidadesque integram a Cúpula Empresarial do Fórum Nacional,que lançará amanhã (16), em São Paulo eno Rio de Janeiro, o plano de ação contra a crise.