"O pior da crise já passou no Brasil", diz ministro da Fazenda

15/04/2009 - 12h19

Daniel Lima e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda,Guido Mantega, disse hoje (15) que "o pior da crise já passou no Brasil". Ele fez a afirmaçãodurante audiência promovida pelas comissões especiaisque analisam os efeitos da crise econômica mundial no país e pelas comissões deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio ede Finanças e Tributação, na Câmara dosDeputados.“O fundo do poçojá passou para o Brasil”, disse o ministro. Acrescentoutambém que há sinais de melhora nas economias dosoutros países. Ele chamou atenção, porém,para os ativos tóxicos (títulos sem validade no sistemafinanceiro), que ainda não foram solucionados.Mantega afirmou que omercado está um pouco mais calmo, e o créditointerbancário começou a financiar a produção.Segundo ele, a reunião do G20 contribuiu para acalmar osistema financeiro e o setor produtivo. “Avançou um poucopor amenizar a desconfiança, mas há o medo de perder oemprego e o de fazer aplicações.”O ministro deixouclaro, no entanto, que ainda é cedo para fazer previsões,porque a situação pode mudar.  Disse, porém,acreditar no encurtamento da crise em razão das medidas quevêm sendo tomadas pelos governos mundo afora.Mantega tambémpreviu que no último trimestre a economia norte-americana jádemonstrará sinais positivos, com reflexos para o Brasil epara os outros países. Ele apresentou dadosque mostram que, depois da China, o Brasil é considerado osegundo mais atrativo para os investidores.Durante a explanaçãoque fez aos parlamentares, o ministro voltou a enfatizar que a crisefinanceira externa provocou forte deterioração, mas oBrasil reúne condições mais favoráveispara enfrentá-la..De acordo com oministro, as medidas do governo atenuam os impactos e permitirãouma saída mais favorável para o Brasil. Ele voltou adizer que o Pais foi um dos últimos a entrar na crise e podeser um dos primeiros a sair dela.Mantega citou váriasmedidas que foram adotadas pelo governo para enfrentar a crise, comoo incentivo à construção civil, a ajuda de R$ 1bilhão aos municípios e a redução doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústriaautomobilística.