Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, considerou positiva a decisão de retirar a empresa do cálculo da meta do superávit primário do país (a economia realizada pelo governo para o pagamento dos juros da dívida pública). A decisão deverá ser anunciada ainda hoje (15). Com isso, a meta do superávit cairá de 3,8% para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Para Gabrielli, a decisão é positiva na medida em que parte da concepção de que a Petrobras dá retorno ao país a longo prazo. "E, em vez de manter os recursos imobilizados, a estatal poderá transformá-los em investimentos produtivos, gerando capacidade de pagamento de dívidas no futuro”, afirmou. Ele disse que a medida não vai alterar os investimentos previstos pela empresa em seu plano de negócios para o período de 2009 a 2013, que envolve cerca de US$ 174,4 bilhões.Gabrielli destacou ainda a possibilidade de serem usados mais recursos do caixa para a realização de investimentos, embora tenha alertado que não vão sobrar recursos, uma vez que o conceito de superávit primário não significa dinheiro de mais ou de menos.