Exportadores defendem desoneração de impostos e mais financiamento para enfrentar crise

15/04/2009 - 19h12

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - AAssociação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)defende a inclusão de medidas como a desoneraçãotributária total das exportações, o oferecimentode linhas de crédito para suprir a falta de financiamentointernacional e a liberação dos créditos fiscaisacumulados no plano de ação contra a crise elaboradopela Cúpula Empresarial do Fórum Nacional. O plano serálançado amanhã (16) em São Paulo e no Rio deJaneiro.Segundo ovice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, as exportaçõesbrasileiras deverão cair este ano entre 17% e 18%, em média,ficando entre US$ 160 bilhões e US$ 163 bilhões. Castrodisse que a queda resulta da redução do preçodas commodities (produtos agrícolas e mineraiscomercializados no mercado externo) e da queda de quantidade emrelação aos produtos manufaturados. Ele explicou que isso ocorre porqueos mercados compradores de nossos produtos manufaturados, que sãoa América Latina e a África, estão passando porcerta dificuldade. “Então, o poder de compra desses paísesdiminuiu bastante.” Sobre a alta das commodities na semanapassada, Castro ressaltou “que continua bem abaixo dos parâmetrosatingidos no ano passado”.Para este ano, aexpectativa é que o superávit da balançacomercial do Brasil oscile entre US$ 15 bilhões e US$ 20bilhões. O resultado será menor do que o obtido em2008, mas bem acima das projeções mais pessimistas domercado exportador, que indicavam um saldo da ordem de US$ 5 bilhõeseste ano, disse Castro. A projeção da AEB é desuperávit de US$ 16 bilhões.Esse superávit,que deve aumentar em relação ao previsto, se deve àforte queda nas importações. As exportaçõescontinuam caindo, mas as importações mostram ritmo dequeda mais forte”. Para José Augusto de Castro, essatendência deverá se manter ao longo do ano, “a nãoser que o mercado interno reaja de forma bastante forte”.