Daniel Lima e Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda,Guido Mantega, trabalha com a expectativa de que o crescimento em2009 seja menor do que o do ano passado, e que apesar de preverdesaceleração da economia e do Produto Interno Bruto(PIB) no primeiro semestre, haverá aceleraçãonos seis meses seguintes, ficando o crescimento da economia entre 3%a 4% no último trimestre do ano.Ele destacou, duranteaudiência pública na comissão especial quediscute a crise na Câmara, que não há queda deconsumo no varejo no país e que isso pode ser comprovado comuma simples visitas aos supermercados. Demonstrando otimismo, Mantegaprevê um segundo semestre de recuperação elembrou que o preço das commodities melhorou.“A reduçãodo IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] dos materiaisde construção resultaram em um aumento de 25% nasvendas já na primeira semana.”Segundo o ministro,algumas situações favoreceram o enfrentamento da crise.Além da estabilidade política e institucional e damaturidade democrática do Brasil, medidas adotadasanteriormente à crise, visando a promover o ciclo decrescimento país, e as reservas acumuladas, que permanecemacima dos US$ 200 bilhões, colocam a economia nacional em umpatamar privilegiado.“Nosso déficitnominal está em 1,5%. Se considerarmos o Fundo Soberano elecai para 1%. O setor financeiro é sólido e trabalha commenos risco do que outros setores. E os bancos públicos nãosofreram tanto perturbações e podem emprestar mais.”