Abinee defende produção nacional de componentes eletrônicos para enfrentar crise

15/04/2009 - 20h40

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção decomponentes eletroeletrônicos precisa se tornar novamenteviável no Brasil, afirma o presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica(Abinee), Humberto Barbato. Ele defende a inclusão dessameta no plano de ação contra a crise e explicou que “odéficit na balança comercial do setor eletroeletrônicoé totalmente vinculado a componentes eletrônicos”. Oplano, que  foi apresentado hoje no Senado, vai ser lançadooficialmente amanhã (16), no Rio e em São Paulo, pelaCúpula Empresarial do Fórum Nacional. Segundo Barbato, as propostas dodocumento poderão estimular o governo a tomar medidas visandoà atração de fabricantes de componenteseletrônicos para o Brasil. Para ele, uma medida viávelnesse sentido seria estimular as empresas que usam componentes eletrônicos naprodução a substituir o produto importado pelonacional. Com isso, as empresaspoderiam ter outro tipo de incentivo, como a desgravaçãode algum imposto existente sobre o produto, por exemplo. Isso teriade ser feito de maneira a induzir a empresa a convidar fabricantesque sejam parceiros a virem para o Brasil. “Essa é aprincipal ação dentro do setor”, afirmou Barbato.Por causa da crise, o setor eletroeletrônico enfrentaatualmente dificuldades na área de bens de consumo durável,como computadores, telefones celulares e eletrônicos portáteis.Na área de infra-estrutura, entretanto, estáindo bem. “O setor sofreu pouco com a crise, porque na área deinfra-estrutura o ritmo da indústria permanece inalterado.” Barbato espera que,no segundo semestre, a situação já seja positivana área de bens de consumo, mas considera fundamental que oPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) realmentefuncione para que as empresas da área deinfra-estrutura não passem pelo problema de faltade encomendas. Se houver atraso noPAC, os fabricantes de eletroeletrônicos não terá asencomendas necessárias para o segundo semestre, disse Barbato.Para ele, se o setor conseguir mostrar crescimento zero este ano, emcomparação com o ano passado, “já seráuma grande vitória”. Em 2008, o setor cresceu 10% sobre oano anterior, registrando faturamento de R$ 123 bilhões.