Caminhoneiros pedem intervenção de Dilma para resolver problemas da categoria

14/04/2009 - 18h05

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes desindicatos de caminhoneiros reuniram-se hoje (14) com a chefe da CasaCivil da Presidência da República, ministra DilmaRousseff, para discutir dois dos principais problemas da categoria: oalto preço do óleo diesel e a dificuldade para pagar ofinanciamento dos veículos com a desaceleraçãoda atividade econômica, provocada pela crise financeirainternacional. De acordo com estimativas dos sindicalistas, oóleo diesel representa entre 40% e 50% da planilha de custosdo frete. Quanto ao financiamento, eles pediram à ministra queo governo interceda nos bancos privados para ampliar os prazos depagamento. No caso dos bancos públicos, já foialongado o prazo para quem financiou a compra de caminhões. Segundo o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro,Nélio Botelho, cerca de 80% dos financiamentos para compra decaminhões no período pré-crise foram feitos embancos privados.“Transmitimos à ministra que a criseeconômica está atingindo em cheio os caminhoneiros esomos nós que transportamos a economia do país”,disse Nélio Botelho. Os representantes doscaminhoneiros atribuem a dificuldade para pagar os financiamentos aoalto preço do combustível e à diminuiçãodo número de fretes que têm feito. Eles estimam que aqueda esteja em torno de 50%, tanto em quantidade quanto em valor,desde o início da crise.A categoria reclama tambémdo alto preço dos pedágios pagos nas estradas. Umexemplo apresentado foi o do trecho entre a cidade paulista deBebedouro e o Porto de Santos, também em São Paulo, quetotaliza 480 quilômetros. O frete pago para essa viagem éde R$ 1,6 mil e o pedágio sai por R$ 630. Segundo opresidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, AntonioFernandes Neto, após ouvir o relato das dificuldades doscaminhoneiros, a ministra Dilma Rousseff mostrou-se sensibilizada ese propôs a buscar soluções para os problemas.“Ela disse que vai buscar alternativas”, afirmou o sindicalista.