Chuva provoca estragos no Norte e Nordeste

13/04/2009 - 19h12

Da Agência Brasil

Brasília - Em decorrência das chuvas, municípios do Norte e do Nordeste registraram situação de emergência nos últimos dois meses. A Defesa Civil do Acre retirou hoje (13) de suas casas mais de 350 famílias, entre desabrigados e desalojados, na capital Rio Branco. Pela manhã, o prefeito Raimundo Angelim decretou estado de emergência na capital.As chuvas se intensificaram na última quinta-feira (9), e estão previstas mais precipitações para a região. De acordo com a Defesa Civil, as famílias foram alojadas no Parque de Exposição Marechal Castelo Branco ou levadas para a casa de parentes ou amigos. O nível de água no Rio Acre continua subindo. Na manhã de hoje, foi registrado 15,38 metros, enquanto ontem, no mesmo horário, foi registrado 15,03 metros. O nível máximo do rio é de 14 metros.Na Bahia, a cidade de Mascote teve 25 desabrigados e decretou situação de emergência há dua semanas, quando a precipitação registrada foi de 110 mm, o equivalente a 30 dias de chuva, segundo o coordenador da Defesa Civil estadual, Antônio Rodrigues dos Santos. Muitas estradas foram danificadas nos acessos ao município. A Defesa Civil visitou a cidade de Camacam, onde há 115 desabrigados,  desde a última terça-feira (7) e está aguardando o município decretar situação de emergência. As duas cidades localizam-se no sul do estado.“O problema de tudo não é a chuva, é a falta de regularidade na infra-estrutura”, afirmou o coordenador. Os desabrigados já foram encaminhados para abrigos da prefeitura, de acordo com o coordenador, e há previsão de que as chuvas continuem na região.O município de Fonte Boa, no Amazonas, decretou situação de emergência hoje, somando-se às 20 cidades que já decretaram situação de emergência no estado. Desse total seis decretos foram homologados pelo governador.No Maranhão, quatro cidades esperam a visita da Defesa Civil estadual para decretar situação de emergência. As equipes serão enviadas amanhã (14), segundo o coronel Jonas Batista, coordenador executivo no estado. Dos oito municípios que já decretaram situação de emergência, localizados na baixada maranhense, três foram homologados pelo governador.Entre os municípios que serão visitados amanhã, Batista destaca a situação de Presidente Juscelino, no nordeste do estado, onde desabaram 50 casas. Sobre os municípios que não foram homologados, o coordenador explicou que não havia risco de vida entre população, mas “questões administrativas”, como a falta de ambulâncias. A capital do estado, São Luis, registrou duas mortes em decorrência de desabamentos, no último sábado (11).No Pará, até a semana passada, 1.332 pessoas haviam sido atingidas em decorrência das chuvas e do aumento no nível dos rios desde fevereiro, segundo a Defesa Civil estadual. A situação regrediu em um dos três municípios, que haviam decretado situação de emergência, e os cerca de 120 desabrigados já voltaram para as suas casas. Nas outras duas cidades, a situação se estabilizou. Mas no último final de semana, segundo a Defesa Civil, a situação se agravou em Altamira, a cerca de 800 km da capital.