Caixa pretende investir R$ 15 bilhões em programa habitacional

13/04/2009 - 1h38

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Caixa espera investirR$ 15 bilhões no programa Minha Casa, Minha Vida neste ano. Do total, serão destinados R$ 4 bilhões para a faixa até três saláriosmínimos, R$ 5,7 bi para os que recebem de três a seissalários mínimos, R$ 4 bi para os que têm rendaentre seis e dez salários, além de R$ 1,2 bi parainfra-estrutura. Para 2010, a projeção de investimentoé de R$ 30 bi, e os outros R$ 15 bi em 2011.A implantaçãototal do programa está estimada em cerca de R$ 60 bilhões.Deste total, 34 bilhões serão subsidiados, sendo R$20,5 bilhões provenientes da União, e R$ 7,5 bilhõesdo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Somente paraas famílias com renda de até três salários,o aporte financeiro será de R$ 16 bilhões.Para o grupo que estána faixa salarial entre três e seis salários mínimosestará à disposição cerca de R$ 10bilhões de subsídios, sendo R$ 2,5 bilhõesrecursos da União e R$ 7,5 bilhões do FGTS. As famíliascom renda mensal de três a dez salários mínimos,contarão com o benefício do Fundo Garantidor. Opagamento de seguros habitacionais não serão cobrados,independentemente das faixas salariais. No caso de morte ou invalidezpermanente do beneficiário, cessará sua obrigaçãode pagar as parcelas mensaisA Caixa informou aindaque simplificou o processo para aprovação das propostasdos empreendimentos habitacionais. Foi reduzido o período deanálise, que passou de 120 dias para no máximo 45 dias,de acordo com a da modalidade, e será feita em paralelo com atramitação na prefeitura.A aprovaçãoe a contratação de clientes apresentados pelaincorporadora serão em até 15 dias. O banco tambémaceitará projetos analisados em outras regiões eprotocolo de registro no cartório para efetivaçãoda venda ao beneficiário (caso de incorporações)em substituição ao registro.Também foialterado o teto do valor dos imóveis financiados dentro doSistema Financeiro de Habitação (SFH), que passou de R$350 mil para R$ 500 mil. A regra está em vigor desde o dia 1ºde abril.O banco tambéminformou que criou uma linha de crédito específica parafinanciar infra-estrutura, como calçadas, esgotos ebocas-de-lobo, num investimento total de R$ 5 bilhões em trêsanos. Esse financiamento é exclusivo para empresas daconstrução civil e o custo não serárepassado ao mutuário final.