Porto Digital quer criar selo de procedência

11/04/2009 - 14h47

Luciana Lima
Enviada especial
Recife (PE) - Agregar valor aoproduto também é uma alternativa para continuarcrescendo em tempos de crise, na avaliação dosempresários do Porto Digital, parque tecnológico dacapital pernambucana que abriga 117 empresas de altíssimatecnologia e duas incubadoras.Por isso, o NúcleoGestor do Porto Digital encaminhou ao Instituto Nacional dePropriedade Industrial (Inpi) um projeto de criação deum selo de procedência. Em no máximo um ano e meio, asempresas do pólo devem passar a usá-lo nos seusprodutos, prevê o presidente do núcleo, Francisco SaboyaNeto.Esse é umexemplo dos projetos que serão implantados no Porto Digitalcom o objetivo de “andar no contra fluxo” da crise econômicamundial e de seus efeitos no Brasil, diz Saboya.Caso o processo sejaaprovado, o Porto Digital será o primeiro pólo deprodução tecnológica com certificação.“Isso só se consegue quando se estabelecem atributos paraauditar. Na hora em que as empresas conseguirem atendê-los,receberão o Selo Porto Digital”, diz Saboya.O selo de procedênciadeverá contribuir para expandir os negócios dasempresas, acrescenta o presidente do Porto Digital. “Issofacilitará o trabalho delas no mercado e, com certeza, vaiaumentar muito o valor agregado dos seus produtos”, comenta.O Brasil tem quatroregiões reconhecidas pelo Inpi com selo de procedência:o Cerrado de Minas, com seus cafés; Pampas Gaúcho (RS),com a carne bovina; o Vale dos Vinhedos, também no Rio Grandedo Sul, com os vinhos; e Parati (RJ), com sua produçãode cachaça.Além do selo,outros projetos estão sendo desenvolvidos no Porto Digital.Entre eles, o da criação de uma nova incubadora.