Pesquisadora atribui baixo número de pedidos de patentes à falta de investimentos

11/04/2009 - 16h48

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Nacional daPropriedade Industrial (Inpi) identificou um total de 221depositantes para os 503 pedidos de patentes de células decombustível apresentados no órgão entre 1996 e2005. Apenas 14 depositantes são brasileiros. A maior partedos depositantes é de origem norte-americana e alemã.As células decombustível são células de hidrogênio quegeram energia e vêm ganhando espaço nos últimosanos entre as fontes alternativas de energia pesquisadas no mundo. O estudo feito peloInpi, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior (MDIC), mostra também que emrelação ao total de 14 depositantes brasileiros, amaioria (43%) é formada por empresas privadas, seguidas dasempresas públicas (21%).A pesquisadora Sabrinada Silva Santos, co-responsável pelo estudo, enfatizou que onúmero de pedidos de patentes de célula a combustível efetuados no Brasil ainda é bem reduzido em relação aos 21.444 pedidos depositados em todo o mundo entre 2001 a 2005, deacordo com relatório da Organização Mundial daPropriedade Intelectual (Ompi), divulgado no ano passado.Isso decorre do fato dehaver mais pesquisas e, principalmente, mais investimentos naquelespaíses, salientou a pesquisadora. ”Embora o número dedepósitos efetuados por depositantes brasileiros tenhaaumentado também nessa última década, essenúmero ainda é pequeno quando comparado com osdepósitos feitos pelas empresas e instituiçõesestrangeiras”.O Japão liderao ranking mundial de pedidos de patentes de células decombustível, com 12.839 depósitos, equivalentes a 59,9%do total, enquanto o Brasil apresentou apenas 21 entre 1999 e 2005.Segundo Sabrina, épreciso haver mais atenção e investimentos nesse setorno país. “O Brasil tem condições para setornar um líder nesse segmento”.