Depois de suspensão de acordos de redução de salário, metalúrgicos voltam ao trabalho

10/04/2009 - 1h13

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os acordos de redução da jornada de trabalho e de salários feitos com os funcionários da Valeo Sistemas Automotivos, fabricante de faróis e lanternas para carro, da WG Indústria Mecânica, ambas na zona sul, e da Armco do Brasil, na zona leste, foram suspensos antes do final do prazo, segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Na Valeo o acordo foi suspenso porque a empresa retomou o ritmo de produção e começou a fazer hora extra. A jornada de cerca de 800 trabalhadores estava reduzida em um dia da semana, e os salários, em 15%, desde o início de fevereiro. O acordo valia por 90 dias e dava garantia de emprego até 35 dias após o término.Os 550 funcionários da Armco, que estavam na mesma situação da Valeo, também voltaram a trabalhar normalmente por conta de um novo pedido de produção de peças. A estabilidade de 30 dias depois do encerramento do acordo também continua valendo. Na WG, os trabalhadores, que estavam com jornada e salário reduzidos em 10,48%, voltaram ao trabalho no dia 18 de março.Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, mesmo com a crise econômica os trabalhadores estão conseguindo negociar a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) em diversas metalúrgicas. De janeiro a março, foram 60 acordos fechados.Cerca de 200 trabalhadores da Schioppa, fabricante de rodinhas, na zona leste, aprovaram ontem (9) o acordo que fixa a PLR de 2009 em R$ 950 paga em duas parcelas. Na Metalfrio, fabricante de refrigeradores, na zona sul, o valor que será pago aos 700 funcionários pode chegar a R$ 1.540, também em duas parcelas. Na Sprimag Brasil, prestadora de serviços de pintura de peças, na zona sul, com cerca de 130 funcionários, o benefício, previsto para duas parcelas, é de R$ 980.