Após anúncio de demissão do presidente do BB, Anfavea avalia que “juro baixo é sempre bom”

08/04/2009 - 17h33

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aocomentar a possibilidade de redução da taxa de jurospelo governo – após o anúncio da demissão dopresidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto –,o presidente da Associação Nacional de Fabricantes deVeículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, avaliouhoje (8) que “juro baixo é sempre bom”.

Durantereunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva erepresentantes de centrais sindicais, ele afirmou que juros mais baixos permitem o acesso mais facilitado do consumidor aomercado.

Questionadosobre a possibilidade de uma nova negociação com o governopara que haja redução do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) para os automóveis também no segundo semestre deste ano, Schneider disse que iria “especular” sobre o assunto e que avigência estabelecida pelo governo – até 30 de junho –é o prazo com o qual o setor trabalha.

Jáem relação à proposta do governo de reduzir orecolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),ele avaliou que desonerar a folha de empresas é uma medidaimportante, sobretudo, para setores voltados à importação.

“Impostosobre folha de produto, que é montado aqui, significa exportarimposto. Tudo o que for direcionado a gerar mercado ajuda, inclusive,o emprego – sejam medidas vias imposto, crédito ouregulamentos burocráticos. Tudo isso tem que ser olhado”, disse Schneider.

Sobrenovas demissões no setor automotivo, Schneider ressaltou queas montadoras optaram pelos cortes por conta da queda da exportação, mas que há um compromisso, até 30 de junho, demanutenção da mão-de-obra – exceto em casos deprograma de demissão voluntária, acordos sindicais econtratos com prazos determinados. “Essa manutençãovai ser respeitada”, garantiu o presidente da Anfavea.

Schneider destacou, também, que não espera a recuperaçãodas exportações no setor ainda neste ano e que semantém “otimista” apenas em relação aomercado interno brasileiro. Para ele, o país apresentacondições “melhores do que as vistas mundo afora”de reagir de forma “rápida e contundente à crise. Lá fora, infelizmente, em um curto prazo, não esperoreação do mercado”, concluiu.