Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Mesmo após registrar recuperação nas vendas – em março último, elas foram 30,4% superiores às de fevereiro –, a indústria de motocicletas prevê queda de 12% na comercialização de motos em 2009, em comparação ao ano anterior, por causa da crise econômica mundial. Os números foram divulgados hoje (7) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O setor não prevê, entretanto, demissões em razão desse cenário.Apesar do resultado de março ter sido superior ao de fevereiro, informou a entidade, o percentual está 30,9% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. A Abraciclo estima que a média mensal de vendas deve ficar próxima à do ano passado: 164 mil unidades. De acordo com a associação, 1.850 motos devem ser emplacadas em 2009, contra cerca de 2,1 mil do ano passado.Segundo o diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes, a redução de 3% da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), anunciada no final de março, vai se refletir nas vendas a partir da segunda quinzena deste mês. "Se houver necessidade, voltaremos a negociar com o governo, pedindo a prorrogação da isenção do imposto."Já as vendas de bicicletas devem passar de 6 milhões para 6,3 milhões de unidades. "Já tínhamos esse expectativa antes da crise", ressaltou Paes. A comercialização de bicicletas é maior no segundo semestre por causa do Natal e do Dia das Crianças.