Economista da Fecomercio-SP diz que destravar o crédito é solução para gerar emprego

03/04/2009 - 18h12

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Empresários e diretores da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) reuniram-se hoje (3) para discutir as medidas anunciadas  pelos líderes mundiais, ontem (2) na reunião do G20, em Londres.Na análise dos empresários, o resultado da reunião foi positivo e a atuação do presidente Lula no encontro, elogiável. Mas eles ressaltaram que o ponto principal para superar a crise financeira internacional é dar crédito efetivo para as empresas. Para o economista e presidente do Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomercio, Paulo Rabelo de Castro, "destravar o crédito é a primeira medida para impedir o desemprego que tanto afeta a população". "Estamos felizes por Lula ter saído no centro da foto, mas isso acarreta estar no centro das responsabilidades. Para isso, devemos arrumar a nossa própria casa", afirmou.Na definição de Castro, "arrumar a casa", é o governo tomar tomar medidas corajosas, como dar início às reformas tributárias, políticas, judiciária e previdenciária. "Precisamos simplificar o Brasil", disse.O presidente do Conselho de Relações Internacionais da entidade, Mario Marconini, ressaltou que a popularidade de Lula trouxe "bons efeitos morais e uma euforia de mercado". "Mas agora somos nós que temos trabalhar. O G20 foi uma sinalização para sociedade do que precisa ser feito e para mostrar que sim, há dinheiro. Agora o dinheiro precisa chegar até nós."Para Marconini, a questão atual é resgatar o crédito e a confiança. "O círculo deve ser mais virtuoso do que vicioso."