Minc rebate críticas de produtores ilegais de carne bovina ao acordo com Abiec

02/04/2009 - 11h57

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (2) que osprodutores de carne ilegal de Mato Grosso não podem obrigá-loa fazer um acordo “mais frouxo” com a AssociaçãoBrasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Aocomentar as críticas feitas por parte do setor de que eles nãoestariam sendo ouvidos pelo governo na negociação parareverter os efeitos da crise financeira internacional, Minc disse quealguns produtores que fornecem carne à Abiec estão“dentro da linha” e outros não. E são exatamente esses últimos, segundo o ministro, que temem o acordo.

“Comtodo o respeito, disse a eles para irem se queixar com o papa porque não é o acordo que tem que ser mais frouxo, elesé que têm que tomar medidas para se adequar. Quero me comprometer com eles, mas eles não podem meobrigar a fazer com a Abiec um acordo mais frouxo só paracontinuarem podendo vender boi pirata, sem condiçõessanitárias, com abate ilegal e ainda jogar as tripas do boi nabeira do rio.”

Apósparticipar de entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, Minc garantiu que o “pacto” com a Abiec deveser assinado ainda no final deste mês.

Outraestratégia do governo, segundo ele, é negociar com oBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)uma linha de financiamento específica que ajude a reerguerfrigoríficos quebrados por conta da crise. O ministro destacouque os contratos dos empréstimos terão “cláusulasambientais” e que a fiscalização de abatedouros, porexemplo, será feita em conjunto com a Agência Nacionalde Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O quegera má imagem para o Brasil é gente fazendo abateilegal, não cumprindo as condições sanitáriasnecessárias e criando gado em unidades de preservaçãoambiental. Quando a gente avança na questão sanitária,na questão da legalidade e na questão ambiental, issosó melhora as condições da carne brasileira paraconquistar novos mercados e até um preço melhor, porquevai ser uma carne legal.”